A segunda fase da nova fábrica do grupo Masal, presidido por Claudio Bier, será tocada exclusivamente com recursos próprios em Linha Julieta, Farroupilha. Serão R$ 8 milhões para acrescentar, até maio de 2017, 2,95 mil metros quadrados aos 3,3 mil metros quadrados inaugurados em dezembro de 2013.
O avanço só foi possível porque, mesmo no complicado 2016, o grupo faturou 10,4% acima de 2015, número fechado nesta quarta-feira, véspera do recesso de final de ano. E algo entre 15% e 16% virou caixa da empresa para lastrear a expansão. Embora a origem do grupo seja a produção de máquinas e implementos agrícolas, a unidade vai fabricar guindastes veiculares, carrocerias e equipamentos de elevação para o setor de energia.
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Bier explica que, embora a venda no setor dependa do PIB, foi possível crescer porque a expansão do passado havia atraído "aventureiros" para o segmento. Exatamente por essa característica, acabaram sendo afastados pela crise, abrindo espaço para empresas mais conservadoras, como Bier reivindica ser, especialmente no aspecto de uso de recursos de terceiros.
– Para mim, não existe juro barato – diz o empresário para explicar a opção de não usar financiamento.
Embora resista a se endividar, o empresário mantém a perspectiva de que, em seu segmento, 2017 será melhor. O Masal tem outras duas unidades, em Santo Antônio da Patrulha e Cachoeira de Sul, com mais de 300 funcionários.