Por conta da falta de água, um casal, com uma menina de quatro anos, foi para a praia. Ao chegar lá, a pequena deu-se conta do silêncio. Não escutava o barulho dos helicópteros, nem das sirenes que ouvia em Porto Alegre. Espontaneamente, falou aos pais: “Acho que agora as pessoas pararam de morrer”. Como é de uma família com o hábito da conversa, foi possível dizer-lhe que os ruídos perturbadores, na verdade, eram de gente sendo salva.
Tragédia no RS
Opinião
O que dizer às crianças sobre a enchente
Isolá-las, fingindo um mundo cor-de-rosa, não resolve. Pode parecer que se está protegendo seres frágeis, de males que não teriam condições de compreender
Mário Corso