Felipão aproveita estas duas semanas sem jogos para montar seu Grêmio para o returno e os decisivos três últimos meses da temporada. Começou de trás para a frente. Uma nova linha de defesa começa a ser esboçada.
Ainda carece de confirmação, mas os treinos no CT Luiz Carvalho começam a dar forma a uma formação com Rafinha, Geromel, Kanemann e Guilherme Guedes. A dupla de zaga é a esperada. Quando os dois estiverem livres de lesões, estarão em campo.
A mudança mais profunda está nas laterais mesmo. A entrada de Rafinha no lado direito, a ser confirmada, significará a saída de Vanderson, talvez a melhor notícia do Grêmio em 2021, ao lado dos goleiros guris.
Vanderson, é verdade, teve o destempero contra o Flamengo. Mas isso é algo que se corrige, ainda é menino. Não é momento de prescindir de sua força ofensiva e de sua potência para levar ao ataque um time que joga freado demais.
A saída de Vanderson, por outro lado, representa a entrada de Guilherme Guedes. Pode até soar como compensação, mas o ideal seria contar com os dois ao mesmo tempo. São, tecnicamente, os dois melhores laterais na Arena neste momento. Só que é o próprio Felipão que se submete a essa "escolha de Sofia", em nome da permanência de Rafinha, guindado à condição de líder do vestiário a partir da saída de Maicon.
Não foi à toa que Felipão mudou seu discurso de forma radical entre os jogos contra Chapecoense e Cuiabá e fixou Rafinha improvisado no lado esquerdo. Nesse intervalo de tempo, uma reunião com os jogadores convenceu o técnico de que era necessário aportar a experiência do lateral de 36 anos, campeão de tudo com o Bayern e de quase tudo com o Flamengo.
Rafinha entrou no círculo de confiança de Felipão e, podem escrever, além do status de capitão ganhou também o de titular imprescindível. É por aí que o Grêmio começa a se moldar para encarar os três meses mais importantes dos últimos anos.