Está caindo de maduro para o Inter uma campanha publicitária com Thiago Galhardo de garoto-propaganda. Para vender o que quiser, desde camisas e novas associações, a ladrilhos usados de algum pavimento do Beira-Rio. O que colar à imagem dele vira pão quente, pode apostar.
O mineiro de São João del-Rei vive um momento espetacular dentro de campo, o melhor em uma trajetória que é curta, de apenas 10 anos, da estreia no Bangu, aos 21, até o sucesso no Inter. Os números são espetaculares. Depois do 2 a 0 no Vasco, o site de estatísticas SofaScore relacionou em seu perfil no Twitter os índices de Galhardo numa comparação com outros 696 jogadores que atuaram no Brasileirão até este domingo (18):
- 1° em gols (14)
- 1° em assistências (5)
- 1° em participações diretas de gols (19)
- 1° em minutos para participar de gol (56)
- 1° em grandes chances criadas (6)
- 1° em chutes para marcar um gol (2.3)
Agregue-se à performance a boa imagem. Galhardo, nesses seis meses de bola rolando aqui, mostrou-se um sujeito de alma leve, de entrevistas muito bem colocadas e, mais do que isso, engajado. Seja com uma torcedora, como a caxiense Liliana, surda-muda que pediu, e foi atendida, numa comemoração em libras, seja com a família, como o vínculo com a avó, falecida e lembrada no número 17 da camisa, ou o parabéns para a mãe no aniversário.
Há também as causas sociais, como a homenagem aos Dia Nacional dos Surdos, e o engajamento no Outubro Rosa, revelando, no domingo, a vitória da mãe na luta contra o câncer de mama. Em resumo, Galhardo, de forma espontânea e natural, já cumpre um papel ativo na construção da sua boa imagem. Falta o Inter acoplá-lo em seus planos de marketing.
