
Mano Menezes desponta como a alternativa natural para o Grêmio neste momento. É da aldeia, está muito por dentro do cenário que encontrará no vestiário. Ele encontraria no CT Luiz Carvalho um velho conhecido, James Freitas, a quem levou para ser seu auxiliar no Cruzeiro no final de 2016.
Mas, o mais importante, é o fato de Mano ser adepto de um jogo que começa de trás para a frente, alicerçado numa defesa sólida. O Grêmio é um clube traumatizado pelos rebaixamentos e, neste momento, tudo o que a direção quer é evitar o pior, uma nova queda.
Montar um time sólido na defesa e que reaja antes de atacar é um caminho que pode desviar da luta na parte baixa da tabela e também criar segurança para até lutar na Copa Sul-Americana. É pouco para quem iniciou a temporada com planos ambiciosos, mas é a realidade.
Há um outro elemento que ajuda a crescer a cotação de Mano. Trata-se de um técnico com o perfil que ocuparia as lacunas existentes na gestão do vestiário.
Um técnico emergente, como Thiago Carpini, ou uma aposta em um nome novo no mercado, caso de Cléber Xavier, exigiria um departamento de futebol mais robusto, dotado de estrutura que crie segurança ao novo técnico que herdará um grupo cujo última imagem é de dificuldades para cumprir as ideias de futebol de Gustavo Quinteros.
Interino no Gre-Nal
James Freitas deve ser o técnico gremista na beira do gramado no Gre-Nal 447. Aos 57 anos, está em sua terceira passagem pelo clube. Nas duas anteriores, comandou o time principal em duas ocasiões: após a saída de Roger, em 2016, contra o Fluminense, e em dois jogos nos quais os reservas foram a campo, contra Botafogo e Santa Cruz.
James e Roger foram companheiros de comissão técnica no Grêmio em 2015/2016 e em 2022 e no Palmeiras, em 2018, e no Fluminense, em 2021. Ou seja, eles se conhecem bem. O auxiliar voltou à Arena em julho, para ser o efetivo do clube no vestiário. Cairá para ele a missão de comandar um time desacreditado contra um Inter que vinha, até a derrota para o Palmeiras, com 17 jogos de invencibilidade.