A primeira Ponte do Guaíba, com vão móvel, foi liberada para o trânsito em dezembro de 1958. O conjunto de pontes sobre o Delta do Jacuí representou uma revolução no setor de transportes no Rio Grande do Sul. Em torno de 3,5 mil trabalhadores participaram das obras, iniciadas em 1955 pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER). O nome Travessia Régis Bittencourt foi uma homenagem do governador Ildo Meneghetti ao presidente do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
Antes da ligação rodoviária, a travessia de Porto Alegre para Guaíba era fluvial. As barcas levavam passageiros, mercadorias e veículos. Em Porto Alegre, o ancoradouro ficava na praia da Vila Assunção, na zona sul. A distância para a cidade de Guaíba era de seis quilômetros, com duração de 30 minutos nas viagens. O tempo perdido era maior, considerando as operações para carga e descarga. Em 1955, uma barca saia também do Estaleiro Só, onde é construído atualmente o Pontal Shopping.
O DAER assumiu o serviço das barcas em 1941 devido aos problemas com a Cia de Navegação Pedras Brancas. Em 1947, por exemplo, as saídas da Vila Assunção ocorriam nas horas ímpares entre 5h e 19h. Um trapiche de concreto foi construído em Guaíba. As barcas podiam carregar até 30 veículos.
O filme O Aspecto Rodoviário do Rio Grande do Sul, produzido pela Leopoldis-Som para o Daer em 1953, traz imagens da operação da barca e apresentação dos planos para a construção das pontes. Uma das opções era a ligação direta de Guaíba à Vila Assunção. A escolha, impactando menos no trânsito dentro de Porto Alegre, foi pela obra nas ilhas, com entrada na Avenida Sertório, na região industrial da época.
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