Fiel escudeiro de Michel Temer (MDB), o ex-ministro Carlos Marun se prepara para visitar o amigo em São Paulo nesta quarta-feira (27). O ex-presidente, preso na última quinta-feira (21), foi solto nesta segunda (25) após decisão do juiz federal Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. À coluna, Marun ratificou a avaliação de que a prisão de Temer foi "absolutamente ilegal" e um "grave" ataque ao Estado Democrático de Direito.
Na avaliação de Marun, este "ataque" foi planejado pelos procuradores que compõem a Força Tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro e pelo juiz responsável pela operação naquele Estado, Marcelo Bretas.
— A decisão da prisão era absolutamente ilegal. E o que é pior: os promotores que pediram e o juiz que concedeu sabiam disto. Então tratou-se na verdade de um grave e planejado ataque ao Estado Democrático de Direito e penso que desta forma deve ser tratado — disparou.
Marun chegou a visitar o ex-presidente enquanto ele esteve preso, no Rio de Janeiro. A partir das visitas, o ex-ministro informou que Temer estava aproveitando o tempo na prisão para escrever novas páginas de um romance que já havia planejado.
Afastado de Itaipu
O ex-ministro sofreu um revés nesta segunda-feira (25). Por decisão liminar do desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Marun foi afastado do Conselho da Itaipu Binacional. A decisão foi baseada na Lei das Estatais, de 2016, que determina que ministros de Estado não podem participar de conselhos de administração em estatais.