
Após confirmar que voltou a usar fogos de artifício para espantar aves do aeroporto Salgado Filho, a Fraport informou que outro serviço também foi retomado. A empresa fluminense Radar Soluções Ambientais foi contratada em outubro para atuar com falcões e gaviões.
A medida pretende fazer o monitoramento da fauna a fim de garantir segurança durante pousos e decolagens. Entre junho e setembro do ano passado, foram retirados 548 animais, sendo 253 carcaças e 295 animais vivos, que foram resgatados e encaminhados para áreas seguras.
O fechamento do aeroporto, por causa da enchente de maio, ocasionou uma diminuição de ruído das aeronaves e motivou o aumento de animais na região da pista. O mesmo fenômeno foi observado durante a queda de movimentação nos aeroportos na pandemia da Covid-19.
A falcoaria busca capturar e afugentar espécies que apresentam risco às operações. Outra medida foi a instalação de um dispositivo acústico de alta potência que gera frequências sonoras no intuito de espantar as aves da região.
Retomada
Entre 2011 e 2017, um contrato foi firmado entre a Infraero e a Hayabusa Falcoaria. A empresa recebia mensalmente um valor aproximado de R$ 50 mil pelos serviços prestados.
Quando algum animal era identificado na pista do aeroporto pelo Controle de Tráfego Aéreo, um alerta era lançado à empresa. A equipe tinha três minutos para percorrer a pista, soltar o gavião, afugentar ou capturar a ave intrusa e deixar o local.
Na relação de animais mais inoportunos estavam o quero-quero, a marreca e o maçarico. Normalmente, eles eram afugentados, mas podiam também ser capturados.
Quando isso ocorria, havia o "pagamento de resgate". Pedaços de carne de codorna eram oferecidos aos gaviões e falcões, que soltavam as aves capturadas.