Demorou, mas enfim foi possível concluir uma das mais demoradas licitações realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul. E ela será importante para o andamento das obras da duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas.
A construtora A. Gaspar foi declarada vencedora da disputa que prevê a realização de projetos e construção da ponte sobre o Rio Camaquã, no município de Cristal, e de um viaduto em Camaquã. A empresa deverá executar os serviços no prazo de dois anos e quatro meses, ao custo de R$ 46,89 milhões.
A concorrência foi lançada em 2015, mas ações na Justiça impediam o prosseguimento da disputa. Depois de várias idas e vindas, o processo foi encerrado na semana passada e o Dnit confirmou o resultado, que é exatamente o mesmo de 2018. A obra é importante para acabar com o afunilamento de pista que ocorrerá com o fim da duplicação.
As obras entre Guaíba e Pelotas começaram em outubro de 2012. A previsão era de que toda o serviço fosse concluída em 2014.
O avanço dos trabalhos já ocasionou as primeiras entregas de trechos duplicados. Dos 211 quilômetros, entre Guaíba e Pelotas, a rodovia já tem 92,4 quilômetros liberados. Já foram seis trechos entregues desde agosto de 2019. A quantidade representa 43,79% do trecho já pronto para uso nas cidades de Barra do Ribeiro, Camaquã, Cristal, Pelotas, São Lourenço do Sul, Tapes e Turuçu.
Em breve, mais precisamente em dezembro, os primeiros dois dos nove lotes deverão ter seus serviços concluídos. São os lotes três e quatro. Os trabalhos estão praticamente finalizados. Os últimos 11 quilômetros deverão ser entregues em três meses: nove deles estão localizados no lote quatro e outros dois no lote três.
Destes aproximadamente 50 quilômetros dos lotes três e quatro, o único ponto que não será duplicado até o fim de 2020 é o viaduto de Tapes e seu entorno. O projeto precisou ser modificado, foi retirado do contrato anterior e precisará passar por nova licitação.