A primeira impressão que se tem, acompanhando as redes sociais, é que há um compartilhamento geral da vida dos envolvidos, nominados como seguidores, e que, por serem assim, camaradas, têm acesso a todas as informações do outro, cuja vida passou a pertencer ao condomínio dos curiosos. Todos rotulados como amigos, como se amizade pudesse ser banalizada. Passando os olhos pelos comentários que seguem a qualquer relato, percebe-se que a maioria é constituída por fofoqueiros desqualificados, feito juízes implacáveis sob a toga da hipocrisia, protegidos pelo escudo da invisibilidade que lhes permite emitir opiniões fortes, que lhes escorreriam às calças se tivessem que dizê-las cara a cara.
Palavra de médico
Nas redes sociais, as vidas passaram a pertencer ao condomínio dos curiosos
Deve-se escolher bem com quem se abrir
J. J. Camargo