A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A chuva forte que atingiu o Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (4) inundou pomares, pastagens, lavouras de trigo, milho e cevada e destruiu galpões, pocilgas e aviários em diversos pontos da área rural do Estado. As informações obtidas pela coluna são preliminares. A Emater está realizando um levantamento de danos, com previsão de ser publicado ainda nesta semana.
No Vale do Taquari, o gerente-adjunto do Escritório Regional de Lajeado da Emater, Carlos Augusto Lagemann, descreve um cenário de destruição:
— Esta cheia está diferente das anteriores. Em função da grande água das cabeceiras, imprimiu muita velocidade. Em Muçum, praticamente varreu a cidade.
De acordo com o técnico, a chuva causou erosões e inundação nas lavouras de trigo e de milho, que está sendo implantado. Há relatos de perdas de animais, instalações, armazéns, estruturas de produção e casas.
— Na forragem de inverno para corte de feno ou volumoso, onde foi atingido, a perda é de 100% — afirma o técnico.
Um pouco mais ao Norte, em Tapera, culturas de grãos, pecuária de gado de leite e pomares de laranja também foram afetados. A Emater do município estima mais de 70 hectares de área alagada, entre culturas e pastagens.
— Já se sabe, vai haver prejuízos na cultura de trigo e da cevada. Na bovinocultura de leite, mais no sentido das pastagens e das instalações, que foram inundadas. Se prevê dificuldade — projeta Miria Rosa Durigon, extensionista rural da Emater de Tapera.
De acordo com o assessor técnico da Emater/RS, Célio Alberto Colle, a falta de energia elétrica está dificultando inclusive o trabalho de levantamento das perdas pela instituição.
— Em vários municípios, que estão praticamente isolados, os técnicos (da Emater) nem conseguiram sair. A fata de energia também traz problemas na armazenagem e na coleta de leite — completa Colle.