O ano de 2023 será de estreia nas pistas de cavalo crioulo. A raça que foi popularizada pelo Freio de Ouro ganhará uma nova modalidade: a prova de vaqueiro. Inspirada na cultura do cowboy americano, a disputa que já tem espaço no Sudeste entrará no calendário oficial das competições da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Mais do que movimentar associados, o lançamento tem dois objetivos principais, explica César Hax, presidente da entidade:
— É uma maneira de nos aproximarmos do Centro do país e de movimentar ainda mais a mão-de-obra e a comercialização.
Referindo-se ao projeto de expansão da associação ao Centro-Oeste, Sudeste e Norte do Brasil, o vice-presidente de provas esportivas da entidade, Fernando Gonzales, acrescenta que a ideia é, entre outras, de se aproximar de outras culturas, como a da região sudeste, onde a prova é comum.
Com a final marcada para outubro, a modalidade baseada no Working Cow Horse (nome da prova norte-americana) é dividida em duas partes: uma em que se avalia a lida com gado e outra, a técnica do ginete. E terá as categorias amador e profissional. Uma diferença em relação ao Freio de Ouro, esclarece Gonzales, é que não terá a avaliação de morfologia. Isso amplia o universo de animais que poderão participar, além de trazer mais uma possibilidade de renda para os profissionais dos centros de treinamento.
A prova de vaqueiro é inspirada no cowboy norte-americano, que levou para a cidade as lidas do campo. A modalidade despertou o interesse de paulistas que a viram de decidiram trazer para o país. No Rio Grande do Sul, na década de 2010, algumas cabanhas organizaram a competição de forma privada no bairro Lami, na Capital, mas a iniciativa acabou não seguindo em frente.
*Colaborou Carolina Pastl