A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Além das dívidas que se acumulam no campo, a incerteza quanto à disponibilidade de recursos do Plano Safra 2024/2025 coloca mais um ponto de interrogação no setor produtivo às vésperas da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no norte do Estado. Entidade representativa do setor de máquinas agrícolas, carro-chefe do faturamento da feira, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) projeta que, se o cenário se manter incerto, terá de ajustar para baixo a estimativa de vendas deste ano, de crescimento de 7%, após uma queda de 20% em 2024.
— E, para a Expodireto Cotrijal, com certeza pode ser prejudicial esse cenário. Incerteza não é bom para ninguém. Se você coloca dúvida no agricultor, ele fica com mais receio ainda de investir — afirma Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq.
Na feira que abre o calendário dos grandes eventos do agronegócio brasileiro, o Show Rural Coopavel, o setor de máquinas já apontava a possibilidade de esgotamento de recursos do programa do governo federal ainda em fevereiro, conforme informou a coluna. O que, de fato, se concretizou.
A coluna procurou ainda a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mas a entidade não quis se manifestar sobre o assunto.