Dos 42.644 trabalhadores estrangeiros com carteira assinada no Rio Grande do Sul em 2024, mais da metade eram venezuelanos, cuja participação no total aumentou em relação a 2023 (veja o ranking abaixo). O Brasil tem, inclusive, a Operação Acolhida para receber refugiados da crise socioeconômica e humanitária da Venezuela.
Em segundo lugar, estão os haitianos, também com uma representatividade bastante significativa, de 15%. O recorte dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi enviado à coluna pelo presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), José Scorsatto.
Já com uma fatia menor do gráfico, Argentina e Uruguai aparecem na sequência. Aqui, chama a atenção uma mudança forte nos últimos anos. Em 2022, os trabalhadores uruguaios no Estado eram o dobro do número de argentinos. Em 2023, a diferença diminuiu e, em 2024, a Argentina, que enfrenta mais uma forte crise econômica, passou o Uruguai no ranking.
Total de trabalhadores migrantes no RS em 2024: 42.644
Principais origens:
- Venezuela 56%
- Haiti 15%
- Argentina 8%
- Uruguai 7%
- Cuba 3%
- Paraguai 2%
- Peru 1%
- Chile 1%
Salto em 2024
Aumentou em 30% o número de empregos com carteira assinada ocupados por migrantes estrangeiros no Rio Grande do Sul. Em 2024, foram 9.718 vagas novas com estes profissionais, elevando o total para 42.634 postos de trabalho. A indústria lidera como empregadora, com destaque para os frigoríficos. Das origens, venezuelanos e argentinos foram os que mais assumiram os empregos criados.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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