Construtora com foco em obras públicas, a CSL Construtora Sacchi, de Porto Alegre, entrou com um segundo pedido de recuperação judicial. A dívida total da empresa é de R$ 21,812 milhões, dos quais R$ 5,2 milhões estão sujeitos ao novo processo. Entre os credores, estão pessoas físicas, empresas e o Banrisul. O pedido precisa ser aceito pela Justiça para então ser apresentado um plano de reestruturação para ser aprovado por credores.
Sócio da MSC Advogados, que representa a empresa, Guilherme Caprara explica que após o primeiro pedido, feito em 2015 e encerrado em 2020, a Justiça do Trabalho decidiu que os passivos trabalhistas não poderiam seguir vinculados ao processo anterior. Então, passou a autorizar leilões de bens da empresa.
– E começaram a demandar o valor integral, sem os efeitos da recuperação. Isso causou uma série de problemas, porque a empresa tem equipamentos de primeira linha e que são essenciais à atividade. No final de fevereiro, já tivemos uma cautelar deferida, pois uma das ferramentas estava com leilão determinado – explica, citando que o atual passivo trabalhista é de R$ 1,2 milhão.
Outro ponto destacado por Caprara é que a dívida tributária cresceu e, por estar negativada, ficou impedida de ter contratos de obras públicas. A construtora passou então a prestar serviço às empresas que executam as obras.
– Isso levou a uma rigidez maior nos preços que a CSL poderia praticar, diminuindo o faturamento – complementa.
Fundada em 2001, a CSL disse, no primeiro pedido de recuperação, com dívida de R$ 8,5 milhões, que sua crise financeira começou em 2014 com a frustração com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. A empresa havia investido apostando em expansão. Atualmente, ela gera 100 empregos diretos e indiretos.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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