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Moda inclusiva é o termo usado para falar da roupas, calçados e acessórios pensados para todos, independente de deficiências ou necessidades especiais. Uma sondagem feita pelo Núcleo de Pesquisas do Sindilojas Porto Alegre analisou o mercado de Porto Alegre para entender mais sobre o espaço que essa proposta tem na Capital. Os dados foram antecipados para o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha).
Segundo Thaís Del Pino, analista de pesquisas do Sindilojas, a moda inclusiva vai desde roupas que não amassem e sejam fáceis de fechar, até o planejamento do espaço em que as peças são vendidas:
— A gente pode usar uma roupa, e um cadeirante usar a mesma. Ela vai ter um recorte diferenciado, uma abertura diferente, mas que serve para ambos. É uma moda que inclui — explica Thaís.
Na pesquisa feita em Porto Alegre, o núcleo identificou que 77,7% da população compraria uma marca que, além de ter roupas convecionais, também oferecesse roupas adaptadas. A pesquisa também mostra que 92,8% acredita que a inclusão de minorias na moda é importante ou muito importante. No entanto, o mais curioso é que a grande maioria, 85%, não conhece uma marca que atue ou que apoie a causa.
Confira a pesquisa:
Você compraria uma marca que, além de ter roupas convencionais, também oferecesse roupas adaptadas?
Sim - 272 (77,7%)
Não - 66 (18,9%)
Não sei - 12 (3,4%)
O quão importante você considera a inclusão de minorias na moda?
Muito importante - 208 (59,4%)
Importante - 117 (33,4%)
Indiferente - 19 (5,4%)
Pouco importante - 6 (1,7%)
Nada importante - 0 (0,0%)
Você sabe o que é moda inclusiva?
Sim - 46% (13,1%)
Não - 304 (86,9%)
Você conhece alguma marca que ofereça produtos de Moda Inclusiva ou apoie alguma causa relacionada?
Sim - 50 (14,3%)
Não - 298 (85,1%)
Não sei / Não lembro - 2 (0,6%)
Os resultados apresentados na pesquisa fizeram com que o Sindilojas também oferecesse um manual com dicas para os lojistas que possam se interessar pelo mercado. Entre as dicas, usar a internet, usar a cartilha de assessibilidade e usar descrição de imagem.
— Além disso, é importante investir em espaços acolhedores, com corredores mais largos, provadores adaptados. Também vale a pena promover campanhas de representatividade de uma forma contínua, e não apenas em datas específicas — sugere Thaís.
Saiba mais, no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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