
Começa nesta semana o "lay off" na General Motors (GM) de Gravataí, com suspensão do contrato de trabalho de aproximadamente 700 trabalhadores da montadora e outros cerca de 700 das sistemistas, as fornecedoras instaladas no complexo. Serão, portanto, mantidos um turno da produção de veículos e grande parte da manutenção. O retorno à normalidade está previsto para daqui a dois meses.
Na negociação, ficou acordado o pagamento total do 13º salário e do PPR (participação nos lucros), além da continuidade do vale-alimentação. Pelo cálculo do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, são R$ 24 milhões. Mas ele alerta que é um dinheiro antecipado, que o trabalhador precisa usar com parcimônia porque não entrará no final do ano.
Em março, a GM já fez uma parada de 30 dias e, agora, terá esta redução parcial na produção. Apesar do forte corte — cerca de 10% da produção anual —, a General Motors (GM) garantiu aos governos estadual e municipal que manterá o investimento de R$ 1,2 bilhão no complexo. Ao prefeito Luiz Zaffalon, a montadora disse que um novo modelo está previsto para 2026. Além de principal responsável pela arrecadação de Gravataí, a fábrica é uma das empresas cujas movimentações são percebidas no PIB do Estado. Em 2024, foram fabricados 168 mil carros do modelo Onix e vendidos apenas 97,5 mil no mercado brasileiro.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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