Não lembro exatamente quantos Natais foram, mas de uma coisa tenho certeza: Dona Irene sonhava com uma geladeira nova, ou pelo menos uma melhorzinha do que aquela que tínhamos lá em casa e que já acusava o peso da idade. Minha mãe sempre foi sonhadora, e quem a puxava para o rés do chão era minha avó, Dona Rosa, que a ajudou a pastorear e manter na linha a filharada que ficara órfã de pai no início dos anos 1970.
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