O governo federal está preso em um dilema vazio entre ambientalismo e desenvolvimento, e a maior evidência deste obscurantismo é a recusa do Ibama em permitir à Petrobras a realização de pesquisas para exploração de uma riqueza trilionária que jaz sob as águas da chamada “Margem Equatorial” brasileira. Ali, numa área que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, repousam exuberantes jazidas de petróleo que, em estimativas conservadoras, podem render mais de 10 bilhões de barris, quase um novo pré-sal. Para se ter uma ideia do que está em jogo, o Brasil dispõe de 15 bilhões de barris. Como desdenhar destes quase 11 bilhões de barris adicionais? Nenhuma nação, por mais rica que seja, cometeria tamanho desatino. Mas o Brasil parece empenhado em mostrar ao mundo que é um caso único de autossabotagem.
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A conta virá
Está nítido que o ser humano não entra na equação de Marina como uma prioridade, mas como uma alegoria
Eugênio Esber