Início dos anos 1990, os brasileiros vivendo uma combinação medonha. Milhões procurando trabalho, com escassa ou nenhuma esperança, porque só se ouvia falar de demissões em série. Quem estava empregado temia ser a próxima vítima da onda de cortes que pipocavam nos mais diferentes ramos de negócios. Quem tinha dinheiro guardado no banco, ou na poupança, estava impedido de acessar suas economias em razão de um confisco temporário imposto de surpresa pelo novo governo, para estupor geral. Os bancos, ariscos diante da quebradeira iminente, negavam crédito para pessoas – travando de vez a roda do consumo – e também para empresas, o que sufocava o caixa e em muitos casos comprometia até mesmo o pagamento de salários.
Artigo
Opinião
Manicômio judiciário
A quem os senhores que compuseram este hino à imprevisibilidade jurídica estão servindo?
Eugênio Esber