
A arbitragem conseguiu dois objetivos importantes na vitória por 1 a 0 do Grêmio contra a LDU pela Sul-Americana. O chileno Cristian Garay teve acertos decisivos na partida, mas ao mesmo tempo teve atuação discreta. Isso quer dizer, em outras palavras, que o jovem juiz apareceu quando foi exigido sem precisar ser espalhafatoso.
O primeiro acerto que quero ressaltar da arbitragem está no gol marcado pelo Grêmio. Garay estava bem colocado para visualizar e deixar uma jogada que parece simples prosseguir. No entanto, um simples erro de colocação poderia impactar na interrupção de uma jogada promissora. Estou falando do momento em que Jean Pyerre correu para evitar a saída pela linha lateral. O meia gremista foi no limite do campo, mas a bola não saiu completamente.
Outro acerto ocorreu logo no começo da partida. Um lance em que a bola bateu no braço de Ruan dentro da área do Grêmio. Foi um toque acidental. Isso porque a bola foi chutada por Kannemann com o objetivo de afastar a bola para longe. Ruan estava com o braço em posição natural e foi surpreendido sem qualquer ação de bloqueio. Além de tudo isso, vale levar em consideração a distância do chute e a velocidade da bola. Tudo isso converge para a interpretação de jogada normal.
Por fim, um lance que mostra o quanto a arbitragem estava concetrada no contexto do jogo. Um lance de pura leitura fez com que o juiz levasse o apito à boca para marcar uma falta sobre Diego Souza na intermediária defensiva, mas percebeu a continuidade do lance e deu a lei da vantagem. Isso gerou uma chance promissora que acabou se tornando uma situação clara de gol em um arremate de Alisson cara a cara com o goleiro.
São três situações simples que combinadas em um contexto de bom controle disciplinar da arbitragem merecem ser ressaltadas.