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O tapete é um elemento importante no design de interiores, trazendo estilo e personalidade aos ambientes. Seja na sala de estar, no quarto ou até mesmo na cozinha, ele consegue transformar o espaço, equilibrando cor, textura e materiais. Apesar disso, a sua função não se limita somente à estética.
“Os tapetes também oferecem outras benesses como a absorção de ruídos e a delimitação de ambientes integrados. Em salas de estar, entregam uma base aconchegante para a disposição dos móveis, enquanto nos dormitórios garantem um toque de maciez aos pés assim que levantamos da cama”, explica a arquiteta Claudia Passarini que, ao lado de Vanessa Paiva, está à frente do escritório Paiva e Passarini Arquitetura.
Para facilitar a escolha do modelo de tapete ideal, a dupla de arquitetas apresenta 4 dicas. Confira!
1. Considere o formato do tapete
Um dos primeiros requisitos considerados, sem dúvidas, é o formato, pois cada tapete carrega um efeito diferente para o ambiente. As versões retangulares são clássicas, versáteis e fáceis de serem encontradas com uma variedade grande de medidas. Segundo a arquiteta Vanessa Paiva, as dimensões mais alongadas permitem delimitar os espaços integrados sem comprometer a circulação.
Os modelos redondos são popularmente escolhidos por trazerem leveza e fluidez ao décor. “São ótimos para halls de entrada e quartos infantis. Nesse caso, conseguimos propiciar um espaço aconchegante e convidativo para brincadeiras”, conta.
Os tapetes quadrados, por sua vez, são considerados mais ousados, tornando-se um verdadeiro destaque no cômodo por assumirem o protagonismo em combinações como a junção de dois modelos retangulares e de medidas semelhantes. “Adoramos esse arranjo fora do convencional”, diz Claudia Passarini.
2. Escolha a cor conforme a função do item no ambiente
Avançando no processo, é chegada a hora de definir as cores. Para as arquitetas, tons claros são recomendados para espaços compactos, pois ajudam na missão de prover amplitude e leveza. Em contrapartida, a paleta mais escura agrega sofisticação em áreas amplas e, para ambas as situações, é fundamental considerar o equilíbrio visual, conforme analisa Claudia Passarini. “Um tapete escuro pode ser contrastado com móveis e objetos de cores neutras, enquanto o mais claro combina melhor com elementos mais vibrantes na decoração”.
Ela argumenta que outro ponto essencial é outorgar o papel que o item assumirá no ambiente, e o raciocínio é o seguinte: se a ideia for destacá-lo como o grande protagonista do espaço, o caminho é selecionar estampas marcantes ou cores mais intensas. “Ao focar na discrição, o neutro é sempre a sugestão mais adequada”, adiciona.
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3. Pense no clima e na manutenção antes de definir o material
Outro fator que costuma levantar dúvidas diz respeito ao material a ser escolhido, que não deve se ater apenas à estética, mas também por atributos como as condições climáticas e a facilidade no dia a dia. Em cidades quentes, tapetes felpudos ocasionam desconforto térmico, ao passo que no período de temperaturas baixas, a palha e o sisal não ajudam com o aquecimento desejado.
Ademais, cada material tem suas características específicas: a lã é sofisticada e confortável, mas exige manutenção frequente e o sisal é resistente, prático e perfeito para áreas de alta circulação. “Precisamos considerar também a rotina de casa. Uma família com crianças e animais de estimação deve priorizar materiais duráveis e fáceis de limpar – caso das fibras sintéticas ou algodão”, relatam as arquitetas.
4. Respeite as proporções do espaço
Segundo Vanessa Paiva, o tamanho ideal deve ser definido com base na área disponível e nos móveis a serem dispostos. Na sala de estar, por exemplo, o ideal é que ele fique um pouco embaixo do sofá, se estendendo por, pelo menos, 20 cm em cada uma das laterais. “Para uma melhor percepção de amplitude, o tapete para recobrir o piso onde estará todo o mobiliário é uma alternativa perfeita”, acrescenta.
Por fim, elas recomendam que a sala de jantar ofereça uma sobra de, pelo menos, 70 cm a 1 m ao redor da mesa, permitindo que as cadeiras sejam movimentadas sem ultrapassar seus limites. No dormitório, é indicado que o tapete comece na metade da cama e se estenda aproximadamente 70 cm a 1 m para os lados e para frente, garantindo conforto ao sair da cama. “Acima de tudo, é preciso respeitar as proporções do espaço e dos móveis para que o tapete não pareça pequeno demais ou grande a ponto de comprometer a circulação”, concluem as arquitetas.
Por Heloisa Vieira