
Já usei essa expressão outras vezes, mas dessa vez é a que se encaixa melhor. O Grêmio embarcou na sua Caravana Rolidei. Assim mesmo, sem "agá" e "ipsilone".
Em 1979, Cacá Diegues lançou Bye Bye Brasil, filme que até hoje figura entre as maiores bilheterias do cinema nacional. Uma trupe de artistas populares singrava o país rumo ao Norte no chão batido da Transamazônica, rodovia elefante branco que consumiu milhões sem nunca ter sido concluída pela ditadura militar.
A ideia era unir o Leste e o Oeste, do Nordeste ao Norte. Armavam shows mambembes onde houvesse gente para assisti-los naquele Brasil desconhecido: um mágico, uma dançarina, um sanfoneiro e um segurança mudo gigante que impressionava pela força descomunal.
Viajavam à bordo de um caminhão velho, batizado sob inspiração da palavra holiday (no inglês: férias, feriado, folga), mas com a grafia errada — daí o Rolidei.
Pela distância de 5 mil quilômetros, ainda que em termos de mundo global, voo fretado e comunicação ultra conectada pelas redes sociais, esse Grêmio x São Raimundo, nesta quarta-feira (19), lá em Roraima, tem esse viés, algo excêntrico.
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