
O Atlético-MG vem a Porto Alegre com Hulk e Júnior Santos. Eles estavam lesionados e ficaram de fora da final do Campeonato Mineiro, contra o América-MG, mas treinaram normalmente nos últimos dias e foram incluídos na viagem.
Ao lado de Scarpa, são as estrelas do Galo. Especialmente o interminável Hulk, artilheiro do hexa estadual do Atlético-MG. Difícil saber se o técnico Cuca usará ambos ao mesmo tempo retornando de lesão, mas a operação de guerra para recuperá-los mostra como o clube encara a estreia contra o Grêmio.
Hulk, sobretudo ele, foi trabalhado para a estreia na Arena. Entrou cinco minutos na finalíssima contra o América-MG só para ser saudado pela torcida. Não jogou nem a ida da final mineira — e mesmo assim foi o artilheiro da competição.
Cuca conhece a aldeia. Sabe que o Grêmio terá de dar resposta após a perda do Gauchão. Por isso vem reforçado. Não entrou na narrativa de que o Grêmio vem mal, instável. Acredita no poder de reação tricolor.
Penso — sujeito a erro de quem opina antes, claro — que esta notícia de última hora, notadamente a presença de Hulk, funcionará como a chave para Gustavo Quinteros escalar o Grêmio. Aposto mesmo no tripé de volantes Camilo, Villasanti e Edenílson, sem Monsalve ou Cristaldo.
O desenho tático, para defender, ficará no 4-1-4-1, com Camilo entre as linhas e Villasanti e Edenilson de internos, em tese defendendo, função de meia na fase ofensiva. E de volante na fase defensiva.
Grêmio não quer perder na estreia
Quinteros tem falado muito em se defender melhor. Não quer perder na estreia. E, para ajudar a marcar nomes como Hulk, Júnior Santos e Scarpa, pelo que se viu no Gauchão e na Copa do Brasil, com aquelas classificações nos pênaltis diante de São Raimundo e Athletic-MG, o técnico precisará reforçar o meio-campo.
Um time de transição e velocidade, tentando aproveitar com ponteiros os espaços que o Galo deixará, pois Cuca não é de ficar todo atrás nem fora de casa.
O duro é que o problema não parece ser o sistema tático, mas a ideia em si: criar a partir de conexões longas para o ataque, nascidas dos pés dos zagueiros, deixando os volantes de costas na saída de bola, na tentativa de empurrar o adversário para trás. Não tem funcionado. A tendência é o jogo, sem um meia clássico, passar ainda menos pelo meio-campo.
Quinteros prometeu melhorar o rendimento, especialmente o defensivo, após a data Fifa. Será elogiado ou criticado por isso — no mínimo, conforme for a estreia no Brasileirão.
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