![André Ávila / Agencia RBS André Ávila / Agencia RBS](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/3/7/3/0/4/1/5_70e3a5f25be9940/5140373_5c752633bc1a0be.jpg?w=700)
O Gre-Nal sela hierarquias, mesmo sem vitorioso ou derrotado. Mesmo com o opaco empate em 1 a 1. Wanderson perderá espaço para Vitinho e Carbonero, assim como já perdera para Wesley. Recebeu inúmeras chances, mas não vira o atacante que o Inter precisa.
É disciplinado para marcar, o que é importante, mas seus gols são bissextos. Vive de análises como "ah, teve um bom momento com Mano Menezes" ou "melhorou em relação a si mesmo". É como dizer a um jornalista, sobre seu texto: "Ah, mas dá para entender". Pouco para quem custou R$ 27 milhões.
Vale o mesmo para Pavon. Veio com status de estrela, caro, mas não se firma e, pior do que Wanderson, é falho na recomposição.
Borré parece em zona de conforto, esperando o time jogar para ele. Não era assim no ano passado. Fiquei surpreso com a facilidade com que Roger bloqueou as linhas de passe para os zagueiros do Grêmio, sem resposta de Quinteros.
A dificuldade do Inter para fazer gols é ponto de atenção. Por isso tem menos saldo até do que o Grêmio. O ataque depende do poder definidor de Wesley. Se ele não está em um dia bom, a dificuldade é grande.
Aguirre, Viery, Pavon, Wanderson, Aravena... Não entro na onda de que tudo no RS é divino, maravilhoso, como cantaria Gal Costa. Não embarco nessa de fazer média com Grêmio e Inter.
Há muito trabalho diante de Roger e Quinteros, e posso apostar que eles têm plena consciência disso. Sabem que há um longo caminho a trilhar. Não ficarão anestesiados com o arroz de festa em torno do Gre-Nal que percebo aqui e ali.
Gabriel Grando sai maior do Gre-Nal. Não fosse ele, com dois milagres diante de Borré, o Grêmio teria perdido. O Inter foi bastante superior, dominante o tempo todo, sobretudo no segundo tempo.
O único erro da arbitragem no clássico foi ter passado batido pelo "hijo de p.." e "concha de..." de Gustavo Quinteros para Rafael Klein. O técnico do Grêmio poderia ter sido expulso.
Com anos de praia, o argentino foi experiente. Esperou Klein — que não viu ou ouviu, claro — se afastar para depois xingá-lo. Se a câmera da TV mostrou na transmissão, alguém no VAR ou até o quarto árbitro tinham de ter visto.
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