
Um jogo chato, arrastado e decepcionante que só melhorou no finzinho pelos dois gols do Marrocos, mais uma zebra dessa Copa do Catar. Os olhares estavam, claro, na geração dourada de Bélgica, ainda que quatro anos mais velha, com muitos trintões. E eles decepcionaram em termos de rendimento. Deu Marrocos, 2 a 0.
Marrocos, com um gol meio sem querer, na segunda e única bola que foi na direção do goleiro Munir, fez o crime. E matou a Bélgica em um contra-ataque, aí sim bem feito, já com os belgas com Witsel de zagueiro.
O primeiro tempo foi de chorar e mereceu vaias de torcida, majoritariamente marroquina no Estádio Al Thumama, cujo desenho arquitetônico é o do gahfiya, chapéu usado pelos adolescentes árabes que ingressam na fase adulta.
A Bélgica, com Éden Hazard e De Bruyne cansados, não agrediu. Em vez de três zagueiros, abriu mão de um deles em nome de mais jogo de meio-campo. Não adiantou.
O Marrocos, conservador, tinha um lado direito com Hakimi, do PSG, um dos melhores laterais direitos do mundo, e Zyiech, atacante do Chelsea. Mas não os acionou em nome de se fechar e apostar no contra-ataque, a não ser alguns momentos da segunda etapa. Eles foram mais marcadores do que homens do meio para a frente. E assim se atrasou o jogo, com um lance mais elétrico aqui e outro ali.
Festa muçulmana, mais uma, na primeira Copa do Oriente Médio.