
Cheio de desfalques, desentrosado pelas ausências severas e contra um adversário inferior, porém, inteligente, o Inter sofria no Centenário. O Caxias, claro, fechou os lados, marcando baixo, tirando o campo para os ponteiros. Trouxe o jogo para dentro, onde, sem Alan Patrick, ficou fácil travar o Inter.
Do que o Inter precisava? Coragem, iniciativa, um extrema que ao menos tentasse no um contra um. A certa altura, Wanderson domina e só tem Nicholas, um meia-atacante, entre ele e a linha de fundo. Ele domina e não vai. Recua e começa tudo de novo pela milésima vez com os zagueiros.
Com poucas opções no banco, Roger decidiu tirar Wanderson e colocar Gustavo Prado, que entrou na esquerda, onde Wanderson iniciou e nada fazia. Vitinho não estava bem tecnicamente, mas assumia o risco de tentar. Roger o mantém, tirando Wanderson, um atacante que não assume responsabilidade. Em outros momentos de Gauchão, Vitinho já havia decidido mais do que Wanderson em um ano.
Resultado final: 2 a 0, dois gols de Vitinho em jogada pessoal, indo para cima do marcador ou buscando a linha de fundo, sem recuar para o zagueiro. Talvez fosse a única opção para destravar o jogo, e Roger percebeu. Fez a escolha certa, mesmo com a grife de Wanderson e seus muitos defensores.
O Inter deve esse 2 a 0, que praticamente o coloca na final do Gauchão, ganhando tempo de recuperar Alan Patrick, Borré e Wesley, ao seu técnico: Roger Machado.
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