
A vitória por 2 a 1 não diz o que foi a partida. O Grêmio foi muito superior. Com energia e força surpreendentes para um time que se desgatou na Copa do Brasil, no meio da semana, o Tricolor só não construiu um placar mais elástico por erro da arbitragem e do VAR, que não marcaram pênalti sobre Monsalve, alvo de uma rasteira pelas costas.
Minutos depois, o Juventude empata, em um chute de Batalla que desvia nos defensores e engana Volpi. Após alguns minutos de instabilidade, o Grêmio toma a decisão correta de esquecer a arbitragem e focar no que importa: jogar marcando alto, com Monsalve na esquerda vindo para dentro e se somando-se a Braithwaite e Cristaldo, como antes.
O que se tira da partida?
Wagner Leonardo fez ótima estreia no lugar de Rodrigo Ely, passando Jemerson para o lado direito da zaga.
Já na segunda etapa, o Grêmio melhora. Gustavo Quinteros tira Cristaldo no intervalo e aposta em Amuzu na esquerda, mantendo Olivera na direita e trazendo Monsalve para a sua, no meio. Melhorou ainda mais.
O segundo gol, o da vitória por 2 a 1, é do trio. Monsalve aciona bola longa para o veloz Amuzu, que serve Olivera, agora com dois gols em dois jogos.
De longe, foi a melhor partida do Grêmio em 2025, contra um adversário de Série A que não jogou mal, e sim foi sufocado pelo modo intenso e associativo do Grêmio, com asterisco para Braithwaite, virtualmente o goleador do campeonato por antecipação.
O Grêmio melhorou com os reforços, individual e coletivamente. Essa é a boa notícia.
Se conseguir repetir o mesmo nível no Jaconi, o Grêmio se classificará para a final. Se o fizer, passará por cima até da arbitragem, como na Arena.