
O jogo resumiu a temporada de Grêmio e Vitória. Chato, lento, pouco criativo e sem entusiasmo por parte dos titulares de Felipão. Previsível. Escalar força máxima após o 3 a 0 de Salvador tinha esse risco.
O relaxamento seria natural. Um time com reservas morderia o garrão. Mesmo jogando com um a mais durante 60 minutos, a classificação às quartas foi carimbada com um esquálido 1 a 0, em pênalti corretamente achado pelo VAR e bem cobrado por Jean Pyerre. Se era para entrosar e dar confiança, não adiantou.
Mas o jogo ficou em segundo plano diante da bomba.
Na zona de rebaixamento, com o pior ataque do Brasileirão, o Grêmio perdeu Ferreira, seu único ponteiro decisivo desde a saída de Everton, para o Atlanta United, da MLS, pelos 8 milhões de euros da multa. Ferreira tem 24 anos. O mercado paga menos a partir dessa idade. Ele não quis prorrogar contrato. Ou o Grêmio fracassou nessa tarefa de não perdê-lo, sem conseguir trabalhar adequadamente os reajustes pedidos por ele que o fariam renovar contrato e ampliar a multa ao ponto de torná-la impossível de ser exercida.
O fato é que o Grêmio está nadando em dinheiro e se afogando no Z-4. Precisará de qualidade. Matheus Henrique já foi. Agora, Ferreira. Quem fica? Luiz Fernando? Alisson? Serão eles os homens do contra-ataque para um time que, com Luiz Felipe, aposta tudo na reação, em se fechar e sair em contra-golpe?
É um momento de maior risco na temporada. Se o Grêmio errar a cartada nas contratações, após perder dois titulares absolutos, terá problemas intransponíveis.