Se o Grêmio segue às voltas com uma possível venda de Everton, também o Libertad tem a sua pérola. Além do PSG, a informação é de que o Borussia Dortmund, da Alemanha, procurou o clube paraguaio atrás do meia cabeludinho Ivan Franco, 19 anos.
O vice-presidente Rubén Di Tore disse à imprensa local que há tratativas em curso. Se fechar negócio, jurou, será o maior da história do Paraguai. Eis um bom resumo da oceânica diferença entre Grêmio e Libertad, que se enfrentam hoje, no Defensores Del Chaco, em busca de vaga nas quartas da Libertadores, para medir forças contra o Palmeiras de Felipão.
OITO OU OITENTA – A multa rescisória do paraguaio é de 8 milhões. A de Everton, 80 milhões. De euros. No caso de Ivan Franco é só chegar, depositar e levar. Sua cláusula é troco perto da dinheirama que circula na Europa, a cada janela de transferência como a que está aberta agora. No caso de Cebolinha, pode vir o Real Madrid: terá de negociar com o Grêmio. Mas o tal jogo jogado não existe mesmo em diferenças institucionais como a de Grêmio e Libertad. Este ano, o improvável tem feito espertos pagarem micos desconcertantes. O 2 a 0 da Arena é uma baita vantagem, mas exige cuidados.
PRAGMATISMO – O Grêmio dava show e vencia o Fluminense por 3 a 0, na Arena. Levou a virada em meia dúzia de desatenções. Saiu do jogo e nunca mais voltou. Como deve ser na prática, em Assunção, no jogo invisível do Facebook? Mesmo que o instinto do time de Renato seja atacar, para que sair matando? Quem tem de correr riscos e dar espaços é o Libertad. Um gol na velocidade de Everton ou Alisson já liquida a fatura. Nem precisa esperar André estrear. Com maturidade e pitadas administradas de pragmatismo, o Grêmio pode se classificar sem drama ou desgaste físico desnecessário.