A colheita da soja já começou, mas ainda não atingiu seu auge na região, o que deve ocorrer em abril. Os prognósticos de técnicos e agricultores são otimistas em relação à produtividade e ao preço - o que acaba influenciando no comércio de Santa Maria.
O clima que se observou desde janeiro beneficiou o desenvolvimento do grão, com chuvas regulares e períodos de sol e calor. Nos 52 municípios abrangidos pela Emater Regional de Santa Maria, as lavouras estão agora entre as fases de floração e enchimento de grãos, época crucial para determinar a qualidade do que será colhido. Como a chuva não tem sido nem será mais problema, a expectativa é que a colheita seja abundante.
Na propriedade de Angelo Grigoletto, em Restinga Seca, a esperança motiva o trabalho na lavoura. Ele não atrasou o plantio e não precisou se preocupar com ferrugem, lagarta ou outras pragas. E, por isso, espera colher ainda mais do que no ano passado, que já foi muito bom, com até 60 sacas (3,6 mil kg) por hectare.
Na região, a área dedicada à oleaginosa aumentou 3,39% em relação à safra 2014/2015, investimento motivado pelo preço favorável, embora os custos tenham subido bastante. Grigoletto calcula em 30% o aumento nos gastos com insumos, devido ao câmbio e à inflação, que tiveram reflexos nos valores de insumos, adubos e sementes. Ele ainda não vê, no preço atual da commodity, a compensação adequada.
- Vendemos previamente aquele percentual relativo à porção financiada da lavoura para garantir o pagamento. Mas o restante vamos manter em silos de cooperativas e cerealistas até o preço melhorar - afirma.
Agronegócio
Produtores de soja da Região Central estão otimistas com a safra deste ano
O clima tem favorecido o desenvolvimento do grão, que deve começar a ser colhido no mês que vem
Juliana Gelatti
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