
Porta de entrada do outono, abril deve ter temperatura ligeiramente acima da média climatológica e acumulados de chuva próximo à normalidade no Rio Grande do Sul, conforme indica o prognóstico divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O mês que se inicia encerra um período de índices extremos nos termômetros. Em março, as máximas chegaram ao 40°C, cenário influenciado pela ocorrência de ondas de calor. A cidade de Santiago, por exemplo, registrou a maior máxima absoluta do mês, de 40,5°C.
Em março, a chuva foi irregular, com regiões, como a Fronteira Oeste e Campanha, enfrentando períodos de seca. Em outras localidades do Estado, caiu um volume considerável, como Rio Grande, com 173,6 milímetros.
Como fica a temperatura
De acordo com informações divulgadas pela Climatempo, abril deve apresentar as primeiras massas de ar frio de origem polar continentais, que vão conseguir resfriar algumas áreas. A primeira queda notável da temperatura no Rio Grande do Sul está prevista para ocorrer entre os dias 5 e 8 de abril.
Para o fim do mês, há previsão da passagem de uma massa de ar frio com mais força, provocando uma redução da temperatura mais acentuada.
Contudo, haverá dias mais quentes. O meteorologista Murilo Lopes, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), aponta para uma variação térmica ao longo do mês. São esperados períodos mais frios, com mínimas próximas e abaixo dos 10ºC, mas também de calor, em que as máximas podem chegar aos 30ºC.
É importante pontuar que não são esperados momentos de calor extremo.
— A tendência é que siga uma alternância bem típica de outono, entrando ar mais quente e ar mais frio. Teremos períodos de chuva, antecedidos por ar mais quente e, depois, seguidos pelo ingresso de ar mais frio — explica Lopes.
Dessa forma, segundo indica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês deve fechar com temperatura mensal um pouco acima da média. Ou seja, superior a 18ºC e 19ºC.

Como fica a chuva
O início de abril deve ter dias mais chuvosos. A Climatempo indica que, na primeira quinzena do mês, os maiores volumes de precipitações sobre o Brasil devem ocorrer no Sul.
O Inmet aponta que os acumulados de chuva devem ficar abaixo da média climatológica apenas no extremo sul do Estado, menor do que os 120 milímetros esperados para o mês.
Já nas demais áreas, é prevista chuva próxima da normalidade. O norte gaúcho é onde devem ser observados os maiores índices, com valores superiores a 120 milímetros.
O instituto também estima que, em áreas do oeste, a precipitação pode favorecer a recuperação da umidade nas áreas afetadas pela estiagem.
— Nesse primeiro momento, a chuva fica mais frequente em duas áreas: na região da fronteira com o Ururguai e no norte do Rio Grande do Sul. Ao longo de abril, até devemos ter um período de seca, por volta da segunda semana, mas a tendência é que a chuva volte a acontecer de maneira mais frequente, pelo menos uma vez por semana de forma mais generalizada — destaca o meteorologista Murilo Lopes.
Não são descartados episódios de chuva forte e eventuais temporais, mas o volume não será como no ano passado.
— Essa possibilidade (de temporais) existe. Ela é bem comum nesse período de outono em que estamos agora. É um período de transição, então temos ingressos de massas de ar, sejam elas quentes ou frias, e isso contribui para uma desestabilização. A chuva pode vir acompanhada de ventos fortes e eventual queda de granizo. É uma estação marcada pela variação de temperatura e pela possibilidade de temporais.

*Produção: Carolina Dill
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