Aquele carregador para iPhone que esta à venda na internet e custa apenas US$ 1 pode ser tentador na falta do original. Muito mais barato, o dispositivo pirata, porém, pode cobrar da sua segurança um preço maior.
Em testes feitos com 400 carregadores não-originais provenientes de diferentes países, como Estados Unidos, Canadá, Colômbia, China, Tailândia e Austrália, apenas três foram aprovados. Cerca de 99% deles tinham graves falhas, não passaram em quesitos básicos de segurança e se mostraram suscetíveis a incêndio e a choque elétrico. "Doze deles foram tão mal desenvolvidos e construídos que colocavam o usuário em risco de eletrocussão letal", dizia o relatório publicado neste mês pela UL, uma empresa de ciência da segurança, que tem o Inmetro como braço no Brasil. Além disso, a bateria do smartphone pode ser danificada pelos modelos piratas.
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Segundo os pesquisadores, um adaptador serve para fornecer ou converter a energia de uma fonte para que o dispositivo que está conectado à tomada possa usá-la. O carregador Apple legítimo converte uma voltagem alta para uma menor para carregar o iPhone de maneira segura, além de ter os materiais e o design que dão segurança ao usuário. Já dos piratas, não se pode esperar o mesmo.
O relatório feito pela UL lembra de casos como o ocorrido em 2013, em que um homem na Tailândia foi encontrado morto, segurando o iPhone, que estava carregando na tomada. Uma investigação concluiu que o dispositivo não era feito pela Apple.
O engenheiro Ken Shirriff, em 2012, publicou fotos e análises dos mecanismos internos de carregadores falsificados, comparando-os com originais. Ele viu que os dispositivos genuínos continham mais isolamento elétrico, sem falar da qualidade do material, que também era melhor. Abaixo, uma imagem mostra a diferença entre os dois: na esquerda está o original.
Perigoso
Usar carregador pirata para iPhone não é seguro, comprovam testes
Dispositivos seriam suscetíveis a incêndio e a choque elétrico
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