
O Google monopolizou o mercado de publicidade online de forma ilegal, decidiu a juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Leste da Virgínia nesta quinta-feira (17).
De acordo com Leonie, a gigante da tecnologia havia se envolvido em uma série de ações "anticompetitivas" para atingir seus objetivos.
— O Google se envolveu deliberadamente em uma série de ações antitruste para adquirir e manter poder de monopólio na publicidade online — declarou a juíza.
De acordo com o jornal O Globo, na decisão, a juíza afirmou ainda que o Google privou seus concorrentes da capacidade de competir, o que prejudicou substancialmente os clientes editores do Google, o processo competitivo e, em última instância, os consumidores de informação na web aberta.
“Por mais de uma década, o Google vinculou seu servidor de anúncios para editores à sua bolsa de anúncios por meio de políticas contratuais e integração tecnológica, o que permitiu à empresa estabelecer e proteger seu poder de monopólio nesses dois mercados", explica Leonie na decisão de 115 páginas.
Esta é a segunda vez que a empresa é considerada culpada de monopolizar o mercado de buscas online. Em 2023, o Departamento de Justiça dos EUA e um grupo de estados processaram o Google, alegando que a empresa monopolizou ilegalmente três mercados relacionados à tecnologia de publicidade gráfica online: servidores de anúncios, bolsas e redes.
Julgamento da Meta
A empresa Meta, de Mark Zuckerberg, também enfrenta um processo de monopólio.
De acordo com a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) — que é o órgão de defesa da concorrência e do consumidor dos EUA — afirma que a aquisição dos aplicativos Instagram, em 2012, e do WhatsApp, em 2014 pela empresa, foi feita com o intuito de eliminar a concorrência, criando, assim, monopólio das redes sociais.
A Meta afirmou em nota estar “confiante de que as evidências mostrarão que as aquisições foram boas para a concorrência e para os consumidores”. A empresa também criticou a FTC por contestar os negócios mais de uma década depois.