Duas mulheres que atuavam como cuidadoras em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) foram presas em flagrante na manhã desta sexta-feira (27) por suspeita de tortura a residentes.
A investigação começou após a Polícia Civil obter áudios de agressões verbais, além de indícios de agressões físicas, contra os internos da instituição.
A investigação apontou que os idosos seriam constantemente ofendidos e ameaçados, além de agredidos fisicamente, com empurrões e tapas.
Uma idosa foi encontrada no local com ferimentos graves e precisou ser levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a um hospital.
— O local apresentava condições razoáveis de manutenção e limpeza, mas não esperávamos encontrar uma senhora idosa, na faixa dos 80 anos, cheia de hematomas pelo corpo, na face, praticamente inconsciente, não conseguindo falar, em razão de agressões que a investigação comprovou que ocorreram hoje — apontou o delegado Mauricio Barison.
Segundo Barison, as cuidadoras foram encaminhadas ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), para audiência de custódia.
A proprietária do estabelecimento e o marido de uma das cuidadoras também estão sendo investigados. Nenhum deles teve o nome divulgado. O nome da instituição também não foi revelado.
A Vigilância Sanitária interditou a casa geriátrica. A Assistência Social, que também participou da ação, encaminhou os idosos a outros locais.
O Ministério Público já havia obtido liminar da Justiça para interdição da ILPI antes da operação desta sexta.