Dois homens suspeitos de envolvimento na série de ataques registrados em Porto Alegre nos últimos dias foram presos no bairro Lomba do Pinheiro, na Zona Leste, na noite de quarta-feira (6). Segundo a Brigada Militar — que mantém reforço de efetivo nas áreas conflagradas —, a dupla atirou contra policiais que estavam em uma viatura.
Apesar do tiroteio, ninguém ficou ferido. A divulgação da prisão foi feita na manhã desta quinta-feira (7).
Ainda conforme a BM, os dois estavam em uma caminhonete Jeep Renegade idêntica a outra usada em um dos 32 atentados e confrontos registrados em 19 bairros da Capital desde 14 de março. Ao todo, 23 pessoas morreram e 31 ficaram feridas nessas ocorrências.
Dois grupos criminosos estão em conflito devido a uma dívida financeira, com a maioria dos ataques sendo registrados no eixo entre a Vila Cruzeiro e o bairro Cascata, na Zona Sul. A Polícia Civil segue investigando os casos e identificando todos os envolvidos.
Tiroteio na Lomba do Pinheiro
De acordo com a BM, a dupla estava em atitude suspeita e resistiu à abordagem na Estrada João de Oliveira Remião. Os dois atiraram contra PMs em uma viatura.
Os policiais chamaram reforço e conseguiram impedir a fuga, efetuando a prisão dos suspeitos. A arma e a caminhonete foram apreendidas.
Os nomes dos detidos não foram divulgados, mas ambos têm antecedentes criminais e envolvimento com uma das facções em conflito na cidade. A dupla foi encaminhada para a 1ª Delegacia de Homicídios da Capital.
Se o envolvimento deles for confirmado, será a 22ª prisão desde o início dos ataques.
A BM destaca que o efetivo da corporação continua percorrendo ruas, becos e vielas de vários bairros. Além disso, os voos em helicóptero continuam para dar apoio às equipes em terra, bem como na tentativa de visualizar do alto suspeitos armados. A aeronave possui um imageador térmico com infravermelho que pode detectar um homem armado de uma altura até 300 metros.
O comandante-geral da BM, coronel Cláudio Feoli, afirma que, desde que o trabalho integrado das forças policiais foi intensificado nos bairros em conflito, não houve mais homicídios registrados.