A Justiça divulgou nesta terça-feira (29) o resultado da primeira audiência realizada na segunda-feira (28) — por videoconferência — sobre a execução de Wellington Jean Brito Bandeira, 19 anos, ocorrida no hospital Municipal de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, em março de 2017. O crime teria sido motivado pela disputa entre facções. A vítima levou cerca de 20 tiros. Foram ouvidas 10 testemunhas de acusação, com a participação da maioria dos oito réus, que ainda não foram interrogados.
A juíza Angela Roberta Dumerque diz que a audiência foi virtual devido à pandemia e que já ficou acertada uma nova data para dar continuidade aos depoimentos. No dia 11 de agosto serão ouvidas mais sete testemunhas de acusação, mas desta vez sem a participação dos réus. O objetivo é que o processo não demore mais pela logística de agendamento e conciliação de datas entre os presídios, o que, junto ao distanciamento social, tem dificultado a escolha de datas para as audiências.
Além disso, foi dado ainda prazo para as defesas se manifestarem em uma data posterior ao dia 11 do próximo mês. Após esta data, o Ministério Público vai se pronunciar sobre o caso. Ao todo, cinco réus estão em presídios gaúchos e um sexto em presídio federal no Mato Grosso do Sul. Outro acusado está em liberdade e ainda há um foragido.
Bandeira foi morto enquanto estava em um leito hospitalar, durante o turno da manhã do dia 2 de março de 2017, após ter sido baleado dias antes justamente em um confronte entre facções rivais que atuam no Vale do Sinos. No dia do crime, imagens de câmeras de segurança flagraram parte da cena que durou apenas dois minutos: dois homens ingressaram no hospital e efetuaram os disparos de pistola calibre nove milímetros. Um terceiro suspeito foi apontado como motorista da dupla. O carro usado por eles foi deixado há algumas quadras do hospital.