O comando do 20º Batalhão da Brigada Militar (BM) de Porto Alegre mantém desde terça-feira desta semana o reforço do efetivo no bairro Mario Quintana, zona norte de Porto Alegre. A mobilização é motivada pelos protestos e atos de vandalismo realizados na região após boatos de sequestros de crianças na cidade. Moradores compartilharam mensagens pelas redes sociais sobre um suspeito de supostos sequestros que estaria escondido no bairro.
Nas escolas do bairro, houve redução do número de alunos presentes em aula em função dos protestos e dos temores de sequestros.
Os protestos de moradores da região seguiram na quarta-feira (24) pelo terceiro dia consecutivo. O ato da noite passada foi realizado no cruzamento da Avenida Protásio Alves com a Avenida Delegado Ely Corrêa Prado e foi contra a morte da menina Eduarda Herrera de Mello, nove anos, raptada na noite do último domingo no bairro Rubem Berta e encontrada morta na manhã de segunda-feira às margens da RS-118, em Alvorada.
A BM reforçou a atenção para escolas e itinerários de ônibus. Além disso, foi ampliado o trabalho de pronta resposta para a comunidade em caso de denúncia sobre suspeitos em relação a casos envolvendo crianças. No entanto, o comando do 20º Batalhão alerta que, se houver alguma nova informação, que as pessoas procurem imediatamente a polícia em vez de ficar compartilhando mensagens nas redes sociais sem ter a certeza da veracidade dos fatos.
Escolas
Em relação às escolas municipais do bairro, a assessoria da Secretaria Municipal de Educação informou que as aulas no bairro Mario Quintana não foram suspensas, mas houve o registro de ausências pelo fato de que muitos pais decidiram não levaram os filhos. Em alguns casos, as crianças vão para casa mais cedo.
Já na única escola estadual do bairro, a Mariz e Barros, a direção informou que as aulas também não foram suspensas, mas ontem pela tarde os alunos foram dispensados por volta de 15h para evitar problemas com prováveis protestos. Hoje pela manhã houve o registro de ausências consideras um pouco acima do normal. Para o período da tarde, a direção ainda vai decidir sobre o horário de término das aulas. A medida depende de informações sobre novos protestos, já que estes sempre ocorreram a partir do final da tarde.