Em silêncio, esparramado no colchão do salão de fisioterapia da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em Porto Alegre, Michel Mendes da Silva, cinco anos, manteve os olhos atentos às pernas franzinas, espremidas entre quatro hastes de metal, enquanto elas eram enlaçadas com fitas de velcro pela fisioterapeuta. Portador de mielomeningocele, uma malformação na coluna que sempre o impediu de ter forças nos membros inferiores, o menino vive preso a uma cadeira de rodas. Com o auxílio do tutor – órtese para mantê-lo firme da cintura para baixo, produzida pela oficina ortopédica da AACD –, ele estava prestes a seguir numa jornada rumo ao desconhecido a partir daquela data, 11 de janeiro deste ano.
Passo a passo
Aos cinco anos, Michel conseguiu ficar em pé pela primeira vez
Menino é um dos mais de 77 mil pacientes gaúchos que já receberam órteses e próteses fabricadas na oficina ortopédica da AACD
Camila Domingues - Fotos