Sempre que vai começar uma turma nova na faculdade, há uma ansiedade mal disfarçada porque não há como antecipar o nível de aceitação e o grau de empatia que se estabelecerão, ou não, com os desconhecidos que substituíram a turma anterior que recém partiu, deixando a saudade dos afetos sedimentados. Naquele fevereiro, finalmente chegou uma turma antecipada como terrível pelos professores que me antecederam, e não havia nenhuma dúvida de que, com aquele grupo, seria diferente. As roupas extravagantes, as bermudas coloridas, o jeito displicente de sentar, os pés apoiados nos braços das cadeiras da frente, tudo corroborava a fama construída com as outras disciplinas e, claramente, havia um ar de desafio no somatório das atitudes.
Palavra de médico
J.J. Camargo: a reconciliação
Colunista escreve em todas as edições do caderno Vida