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O aumento do número de casos suspeitos e sintomáticos de dengue no Rio Grande do Sul em 2024 têm levado a uma procura cada vez maior por testes. Só na Capital, a Secretaria Municipal de Saúde estima estar coletando mais de 300 amostras por dia.
Após a coleta, elas são encaminhadas para análise laboratorial. Os resultados, no entanto, estão demorando cerca de 15 dias para divulgação.
— Estamos com represamento nos resultados dos exames devido à alta demanda. Mas, apesar do resultado ser importante, não é ele que vai determinar a conduta no momento da suspeita. Se tá com suspeita de dengue, procura uma unidade de saúde ou pronto atendimento, faz a coleta de exame que for necessário, mas tem que começar o tratamento imediatamente — afirma a diretora da Vigilância em Saúde, Evelise Tarouco.
O médico infectologista Alexandre Zavascki reforça esse entendimento. Devido à demora para confirmação, todo caso suspeito precisa ser tratado como se o paciente tivesse a doença.
— Pode representar um risco se o manejo daquele paciente, o acompanhamento e o próprio tratamento, só começar depois da confirmação da dengue. A rigor, no caso de um exame vir duas semanas depois com o resultado, a doença já vai ter se resolvido. Quando ela não agrava. E para não agravar é fundamental que o paciente seja tratado como dengue desde o início.
Apesar dos números relacionados à dengue estarem defasados na cidade devido à sobrecarga do serviço, o município ressalta que as amostras das pessoas que fazem parte grupos de risco ou que apresentam sintomas de agravamento estão sendo priorizados na análise laboratorial.