O aumento do número de pessoas que tem procurado o sistema de saúde de Igrejinha, alegando sintomas de dengue, colocou em alerta as autoridades do município do Vale do Paranhana. Desde a semana passada, a prefeitura já encaminhou ao Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen) 15 amostras. Os laudos devem sair nos próximos dias.
Ainda que os casos suspeitos sejam considerados baixos em relação à população – estimada em 37.340 habitantes –, o fato preocupa, já que, oficialmente, o município nunca registrou episódios como esse.
O secretário municipal de Saúde, Vinício Wallauer, afirma que ainda não é possível falar em surto, mas garante que a cidade já tem realizado ações para combater a proliferação do mosquito.
— Temos que esperar a análise do Estado para saber se esses casos são confirmados ou não. Mas, desde o último sábado (27), estamos realizando ações de conscientização e de limpeza em bairros da cidade, principalmente próximo aos pontos onde surgiram casos suspeitos – afirma.
A alta procura por atendimento no Hospital Bom Pastor também chama a atenção. A gerente assistencial da instituição, Joice Adriana da Silva, conta que ainda não havia observado essa demanda neste ano.
— Na semana passada não registramos nenhum paciente alegando sintomas de dengue. Nos últimos três dias foram 18 notificações. A procura tem sido bastante alta — afirma.
RS tem 135 casos de dengue confirmados em 2022
Segundo o mais recente informe epidemiológico do Rio Grande do Sul, 135 casos de dengue já foram confirmados no Estado em 2022, sendo 118 autóctones, quando há contaminação dentro da comunidade. Do total de casos, 88% são do município de Rodeio Bonito, na região Norte.
O número é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 179 casos, mas apenas 47 autóctones. Segundo o Centro de Vigilância em Saúde, 2021 foi o ano com um maior número de casos da série histórica no RS, iniciada em 2012, com 9.806 registros.
Principais Sintomas
Pessoas que estão com dengue costumam manifestar dor de cabeça e febre alta, podendo sentir também dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos, prova do laço positiva ou baixa contagem de leucócitos. Caso a pessoa sinta qualquer desses sintomas, é necessário buscar uma unidade de saúde ou hospital.
Como evitar
O mosquito Aedes aegypti costuma se proliferar em ambientes úmidos, onde há acúmulos de água parada. Por isso, a principal recomendação das autoridades é tampar caixas d'água, não deixar água acumulada na laje, manter os lixos fechados, utilizar areia nos vasos de plantas, deixar garrafas e outros recipientes de cabeça para baixo, deixar as lonas esticadas e retirar a água dos pneus