Construir ou reformar postos de saúde da rede SUS, comprar equipamentos necessários, pagar bolsas de residência médica em programas de medicina de família aos graduados e ainda oferecer outros cursos na área da saúde para qualificar a rede de atenção básica. Estes são critérios que as universidades que quiserem abrir cursos de medicina terão que cumprir a partir de agora.
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta terça-feira (26) uma portaria no Diário Oficial da União, que vale para 49 municípios brasileiros, pré-selecionados para implementar cursos de medicina em faculdades particulares.
No Rio Grande do Sul, podem se candidatar universidades privadas de São Leopoldo, Erechim, Ijuí e Novo Hamburgo. As instituições de ensino devem atender aos critérios e oferecer as contrapartidas já ao se candidatar no edital, previsto para abrir em setembro deste ano.
Entre as exigências, está a oferta de outros cursos na área da saúde, como enfermagem, para que a universidade possa qualificar profissionais que compõem a equipe de um posto de saúde, e não apenas o médico. Quanto às contrapartidas, a faculdade que implementar o curso de medicina terá que construir ou reformar as unidades de saúde da rede SUS e adquirir equipamentos necessários para que o local atenda a demanda do município. A instituição também precisa custear bolsas de residência médica em programas de medicina da família e outras duas especialidades, entre clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia.