Em meio à chuva intensa que atinge o Rio Grande do Sul nesta semana, a Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, registrou novos desmoronamentos em taludes do Arroio Dilúvio. O mais recente, localizado pela reportagem de GZH na manhã desta quinta-feira (2), ocorreu no cruzamento com a Avenida Érico Veríssimo. Com isso, a via já soma ao menos nove pontos com problemas desde o ano passado, quando surgiram os primeiros danos em trechos da ciclovia.
No ponto afetado perto da Érico Veríssimo, houve deslizamento de terra e o guard-rail despencou. Entretanto, a ciclovia e as lajes de concreto que ficam mais próximas da água não foram afetadas. Agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estiveram no local, isolando a área com fitas e cavaletes, que ainda ocupam parte de uma das pistas da Avenida Ipiranga, no sentido centro-bairro.
Já no final da manhã de quarta (1º), houve um desmoronamento do talude em um trecho perto da Rua Professor Cristiano Fischer. As faixas da ciclovia no local apresentam rachaduras. Isso gerou bloqueio da faixa da esquerda da Avenida Ipiranga, no sentido centro-bairro, que deve ser mantido até que pare de chover.
Na terça (30), o mesmo problema ocorreu perto do cruzamento da Avenida Ipiranga com a Rua São Manoel, no sentido centro-bairro. Além do deslizamento de terra e da queda do guard-rail, parte da ciclovia do trecho foi destruída. A área permanece isolada com cavaletes e fitas.
Desde julho do ano passado, também houve desmoronamentos de taludes do Arroio Dilúvio no decorrer da Avenida Ipiranga entre as ruas Santana e São Luis, na esquina com a Rua Silva Só, perto da Rua Dr. Salvador França, na esquina da Rua Lício Cavalheiro, em frente ao Parque Esportivo da PUCRS e junto à sede da CEEE. Isso levou a prefeitura de Porto Alegre a interditar a ciclovia na avenida em setembro.
Em janeiro deste ano, parte da pista exclusiva para bicicletas foi liberada após avaliações. No entanto, a via é bloqueada novamente sempre que há alertas da Defesa Civil.
Questionada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) informou que toda a ciclovia está interditada neste momento, conforme protocolo adotado desde a liberação no início do ano, e que a responsabilidade sobre o problema nos taludes é do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). Já o departamento afirmou que não poderia se manifestar nesta quinta-feira, em função do fechamento das comportas.