As cenas que marcaram o início da manhã irão provavelmente se repetir no final da tarde e início da noite em Porto Alegre. De acordo com Marcelo Weber, da comissão de negociação que representa os funcionários da Carris, será mantido o percentual reduzido, de 65% do total da frota de ônibus durante a tarde e noite, o que afeta os passageiros no retorno para casa. Funcionários da companhia estão fazendo uma manifestação nesta quinta-feira (2).
— Vamos manter o acordado com o MP (Ministério Público). Não tem chance de ter 100% hoje — afirma.
Às 16h, uma assembleia está prevista para debater as ações de sexta-feira (3). Ainda não há definição se uma nova manifestação será realizada.
Os últimos veículos saíram às ruas entre 10h e 10h30min, da garagem da empresa, no bairro Partenon, zona leste da Capital. O controle de entrada e saída dos ônibus foi realizado por servidores que se mantiveram em frente ao portão de acesso.
— Saem e entram os ônibus que estragam ou precisam ser trocados, por algum outro motivo. Da tabela horária não sai mais nenhum — reitera o porta-voz da categoria.
Havia em torno de 50 pessoas sentadas nas calçadas ou tremulando bandeiras sindicais nesta manhã.
O movimento nas paradas reduziu sensivelmente após as 8h - antes disso, houve filas e muita demora. Passageiros do T7 ficaram sem a viagem das 5h45min, pois o coletivo chegou ao terminal Triângulo, ponto inicial da linha, apenas as 6h15min.
— Saiu lotado, não consegui embarcar, e o próximo vai sair lotado também, sem nenhuma segurança — reclamou Raquel Costa, 44 anos.
Na Avenida Juca Batista, o T11 atrasou em média 40 minutos às 7h30min. Dois veículos chegaram quase juntos ao ponto, no quarteirão da rótula com a Avenida Eduardo Prado, o que revoltou os passageiros.
Para amenizar a situação, a EPTC liberou o transporte de passageiros em pé nos táxis-lotação. O valor dessa modalidade é R$ 7.