Programada inicialmente para ser concluída no último dia 31, a consulta pública sobre as novas paradas de ônibus de Porto Alegre teve o prazo prorrogado até 21 de fevereiro. A mudança atende ao pedido de empresas interessadas na concessão do serviço — que solicitaram mais tempo para preparar as ofertas.
Os porto-alegrenses podem participar da consulta pública enviando sugestões de mudanças dos atuais pontos de ônibus por meio do site da prefeitura . De acordo com o secretário de Parcerias Estratégicas de Porto Alegre, Thiago Barros Ribeiro, "todas contribuições estão sendo analisadas e respondidas".
Após a consulta, serão duas semanas para que as propostas sejam aceitas ou não. Depois, o edital de licitação é publicado, e as empresas terão entre 30 e 45 dias para apresentarem suas propostas.
A prorrogação do prazo da consulta não irá atrasar a previsão da prefeitura de Porto Alegre de anunciar o vencedor no primeiro semestre e dar início às obras ainda em 2020, segundo a autarquia. O pedido por parte das empresas foi motivado por outras concorrências já em andamento no país como o edital para placas de rua de Belo Horizonte, afirma Ribeiro.
As novas paradas serão construídas em uma parceria com a iniciativa privada — mesmo modelo adotado na instalação dos novos relógios de rua e da revitalização da orla do Guaíba. Devido à falta de verba, a prefeitura adotou a estratégia de oferecer a exploração de publicidade nos equipamentos como contrapartida ao investimento do parceiro privado.
O contrato, no valor de R$ 48,3 milhões, com a empresa que vencer a licitação será de 20 anos. O investimento previsto com os custos operacionais desses abrigos pela concessionária é estimado em R$ 464,6 milhões nessas duas décadas.
Pela proposta, o investidor terá de instalar pelo menos 921 paradas de ônibus. Os locais desses pontos foram definidos pela prefeitura e abrangem desde as regiões mais movimentadas e valorizadas até bairros mais periféricos.
O critério de julgamento da empresa vencedora é a maior oferta de abrigos. Além dos 921 obrigatórios, a capital gaúcha conta outras 3.901 paradas de ônibus que poderão ser selecionadas. Quem vencer, terá de instalar no mínimo 250 novas paradas por ano, num prazo máximo de seis anos.
Novas paradas
Os novos pontos de ônibus s terão banco com três assentos, espaço para cadeirantes, tomadas USB, painéis em LED informando o tempo de espera dos ônibus e prateleiras para o programa da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) de trocas e adoção de livros.
A estrutura dos abrigos também deverá ter de três a quatro espaços para publicidade, além de totens que serão explorados pela empresa responsável pela gestão dos equipamentos.
O modelo do conceito está sendo elaborado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).