O Rio Grande do Sul deve registrar um dos dias mais quentes deste verão nesta terça-feira (4), podendo ultrapassar os 40°C em algumas regiões. A marca ocorre por conta de uma nova onda de calor que assola o Estado, mantendo o calorão predominante ao longo de fevereiro.
O Inmet já havia emitido um alerta de perigo devido aos altos índices nos termômetros, válido até as 18h de quarta-feira (5). O calor intenso deve afetar principalmente a faixa oeste do Estado, além de partes do centro, sul e norte do território gaúcho. Em áreas como a Fronteira Oeste e as Missões, são esperadas temperaturas acima dos 40ºC.
A Região Metropolitana, incluindo Porto Alegre, também será afetada pelo tempo extremo, com previsão de máximas podendo chegar aos 38ºC sob um céu predominantemente ensolarado.
Mais um recorde na Fronteira Oeste
Algumas áreas ultrapassaram os 40ºC durante a onda de calor já nesta segunda-feira (3), como Quaraí, na Fronteira Oeste, que registrou 42,5°C, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No mesmo município, houve registro de 42,4°C em 23 de janeiro.
A marca de 42,5°C é a terceira mais alta já contabilizada oficialmente no RS desde que tiveram início as medições de forma regular, ainda na década de 1910.
Até quarta-feira (5), os termômetros em Quaraí podem voltar a ficar entre os 42ºC e os 43ºC.
Em Uruguaiana, a média para esse período do ano varia entre 31ºC e 32ºC. A tendência, no entanto, é que possa chegar aos 41°C.
Mês de calor intenso
Esses dias quentes devem persistir ao longo de fevereiro no Rio Grande do Sul, influenciados pela segunda onda de calor do ano. A primeira ocorreu na metade de janeiro e provocou um aumento significativo nas temperaturas nas regiões próximas à Argentina.
Influenciado pelo fenômeno La Niña, a expectativa é de que o mês tenha um volume de chuva um pouco maior do que janeiro, mas ainda assim, a irregularidade das precipitações continuará sendo ponto de alerta.
O calor intenso manterá a taxa de evaporação elevada, o que significa que a chuva pode não ser suficiente para compensar a deficiência hídrica em diversas regiões do Estado.