
A Polícia Civil abriu as investigações para tentar identificar os autores dos ataques a ônibus registrados na Zona Sul de Porto Alegre na noite desta terça-feira (1º). Um dos focos é a busca por imagens de câmeras de segurança em postos de combustíveis da região, já que os criminosos atearam fogo nos veículos com gasolina.
O diretor da Delegacia Regional de Porto Alegre, delegado Cléber Ferreira, está orientando as investigações e afirma que nenhuma hipótese está descartada.
"Para subsidiar as informações, nós acionamos o serviço de inteligência da regional, onde está se concentrando todas as investigações, além das investigações de cada delegacia. As investigações devem buscar a motivação desses crimes, que podem ser vingança, demonstração de força, atos de vandalismo ou até de brigas de grupos marginais", disse Ferreira em entrevista ao Gaúcha Repórter.
A Polícia também pretende monitorar vítimas de queimaduras que procuraram atendimento nos hospitais da Capital desde o início dos ataques. O delegado disse ainda que não há a confirmação de que os ônibus foram incendiados através de uma ordem vinda de presídios.
Para testemunhas que queiram fazer denúncias de forma anônima sobre o caso, foi disponibilizado o número (051) 3288-2463 em horário comercial.
Prisão
Até o momento, um dos suspeitos de ter participado do ataque a cinco ônibus e um lotação, em Porto Alegre, foi preso pelo 21º Batalhão da Brigada Militar na manhã desta quarta-feira (2). O homem foi abordado em uma moto na Rua Manoel Farias da Rosa Primo, no Bairro Restinga.
De acordo com a BM, o veículo estava com adulteração no chassi. Este mesmo veículo aparece em filmagem comprando gasolina em um posto de combustível durante a noite de ontem. Segundo as investigações, uma outra moto foi usada para abordar os ônibus e a lotação atacados.