
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dará posse nesta segunda-feira (10), ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. A cerimônia ocorre às 15h no Palácio do Planalto.
Pela manhã, o presidente se reúne às 9h com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e com o secretário de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela. Às 11h, Lula recebe a secretária-geral da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Rebecca Forattini Lemos Igreja.
A mudança faz parte da reforma ministerial prevista para ser realizada no governo federal. A expectativa é de que haja trocas em cerca de 10 pastas.
Quem é Alexandre Padilha
Nascido em 14 de dezembro de 1971, Alexandre Rocha Santos Padilha filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1988. Atual ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais desde 2023, quando Lula assumiu o terceiro mandato como presidente, Padilha tem experiência política em diferentes áreas. Deputado federal reeleito por São Paulo, atualmente está licenciado do cargo para integrar a equipe ministral da presidência.
Médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), Padilha é doutor em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp). Ele foi ministro da Saúde durante o governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, e já havia trabalhado com Lula, entre 2009 e 2010, como ministro-chefe de Relações Institucionais.
Projetos na saúde
Padilha é um dos responsáveis por elaborar e estabelecer o Mais Médicos, programa criado para enviar profissionais de saúde especializados para municípios interioranos. O projeto foi implementado no governo Dilma, quando Padilha era ministro da Saúde.
Também durante o governo Dilma, Padilha expandiu o programa Farmácia Popular. O ministro incluiu remédios para os tratamentos de hipertensão e diabetes na lista de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo programa.
Cargos políticos
Eleito deputado federal por São Paulo em 2019, Padilha foi reeleito em 2022. O médico infectologista está licenciado do cargo desde 2023, quando assumiu, a convite de Lula, a Secretaria de Relações Institucionais.
Antes disso, ele havia exercido funções na prefeitura de São Paulo. Foi secretário das mesmas pastas (Saúde e Relações Institucionais) durante a gestão de Fernando Haddad (2015-2016).
Quem é Gleisi Hoffmann
Gleisi é deputada federal pelo Paraná desde 2019. Antes, foi senadora, ministra-chefe da Casa Civil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff e secretária de gestões petistas em nível municipal e estadual. A deputada federal disputou o primeiro cargo eletivo em 2006. Desde então, concorreu à prefeitura de Curitiba (PR) em 2008 e ao governo paranaense em 2014.
Natural de Curitiba e formada em Direito, Gleisi foi secretária durante o governo de Zeca (PT) no Mato Grosso do Sul. Entre 1999 e 2001, a petista foi titular das pastas de Reestruturação Administrativa e de Governo. Em 2001, foi nomeada para a Secretaria de Gestão de Londrina, no Paraná, no mandato de Nedson Luiz Micheleti (PT). No ano seguinte, integrou a equipe de transição de Lula, então presidente eleito. Durante o primeiro mandato presidencial do petista, assumiu uma diretoria da Itaipu Binacional.
Em 2006, concorreu ao Senado pelo Paraná. A única cadeira em disputa foi conquistada por Álvaro Dias, então no PSDB. Enquanto Gleisi obteve 45,1% dos votos válidos, Dias foi eleito com 50,5%.
Em 2010, foi eleita senadora com 3.196.468 votos. No ano seguinte, licenciou-se do cargo para assumir a Casa Civil de Dilma Rousseff. Permaneceu no ministério até 2014. Naquele ano, concorreu ao governo do Paraná. A eleição foi vencida em primeiro turno por Beto Richa.
Em 2017, assumiu a presidência do PT. No ano seguinte, elegeu-se deputada federal, reelegendo-se em 2022.