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Um dos 34 denunciados por tentativa de golpe em 2022, o blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho disse se sentir honrado com a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), na terça-feira (18). Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio da União, entre outros.
Paulo Figueiredo é neto do general João Batista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar (1964-1985).
"Estou honrado em estar ao lado de patriotas neste documento histórico que reflete a ditadura na qual vivemos", escreveu o denunciado em seu perfil no X, em que se autointitula "jornalista censurado pelo Alexandre", em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.
Na noite desta quarta-feira (19), as contas de Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho estavam desativadas no Instagram e X.
Ele também afirmou que os "agentes públicos que se utilizam das suas posições para perseguir opositores políticos serão responsabilizados sem misericórdia no momento oportuno".
Paulo fez uma declaração parecida quando foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que deu origem à denúncia, em novembro do ano passado: "Sinto-me honrado. Aguardo ansiosamente os próximos acontecimentos", afirmou na época.
O inquérito atribui ao blogueiro e empresário participação em uma operação de "propagação de desinformação golpista e antidemocrática".
Ele integraria, junto aos também denunciados pela PGR — general Walter Braga Netto; capitão expulso do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; coronel Bernardo Romão Correa Neto; e tenente-coronel Mauro Cesar Cid — um núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado.